quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Positividade!

    É, cheguei a conclusão de que eu não preciso esperar ter uma ideia em mente, calculado e premeditado, pra dizer por aqui. Talvez compartilhar um simples sentimento de felicidade repentina, uma música, uma frase, um momento, talvez essa seja também uma forma de expressar minhas ideias, principalmente as impulsivas, aquelas que daqui a cinco minutos eu já não tenho mais, ou já me arrependi.
   Agora, eu vim compartilhar o meu humor radiante, e desejar a positividade a quem for possível, e desejar ainda mais pra tentar alcançar  impossível. É assim que tem que ser, não é?! O que temos de bom devemos compartilhar, e o que temos de ruim... é melhor deixar pra lá mesmo. Essa música é um tanto quanto clichê no que diz respeito a "desejar o bem sem olhar a quem", mas eu gosto dela e é isso que torna tudo diferente, é oque eu sinto que quero dividir, não é algo que eu queira forçar vocês a sentirem. É totalmente diferente, é algo puro e sincero, mas... perai, você já está ouvindo a música? 
Se não, comece já!


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O terceiro encontro, foi o primeiro.

    As pessoas gostam de histórias de amor, aquelas com encontros, partidas e reencontros. Já vou logo adiantando que o que vou contar pode parecer romântico, mas eu penso que é só uma consequência e a prova de que coincidências, na minha opinião, não existe.
    Há alguns anos atrás os chamados 'flash-mobs' estavam ganhando muita atenção e virando moda na minha cidade, não sei de onde veio a ideia ou por onde foi que tudo começou, mas ouvi sobre um que aconteceria em um shopping recém inaugurado e claro que eu me interessei, afinal de contas, era tudo "novidade" mesmo. Convidei amigos, eu estava super animado pra saber como era estar no meio de um flash-mob e não assistindo a um. Chegou o dia, o lugar de encontro estava marcado, e o verdadeiro motivo deste texto começa agora.
     Tinha um número considerável de pessoas que iriam participar (eram poucos mas eu nunca tinha participado, ou seja, quando vi imaginei que fossem muitos), eu estava um pouco nervoso mas tinha muita gente que estava na sua "primeira vez" então eu me acalmei. Não era nada demais até o momento, mas uma coisa me chamou atenção...ou melhor, uma pessoa. Então, imagine como é estar nesta situação e encontrar alguém por quem você se interessa, mas não sabe se é recíproco. Exatamente, alguém parecia muito interessante naquele lugar, o observei o tempo todo e por ironia posso dizer que ele fez o mesmo, não da maneira que eu queria, ele estava filmando, ou fotografando não lembro ao certo e eu estava encantado demais para tentar perceber o que ele estava fazendo. E pra encurtar a história, o grupo e eu ficamos paralisados por um tempo nos corredores do shopping, e em seguida na sessão de frutas e legumes do supermercado, foi bem divertido.
     Bom, obviamente eu fiquei com aquele rosto na mente por alguns dias e eu sabia que não o veria novamente. Um vídeo desse evento foi divulgado e quando fui ver, algo me deu uma chance de, quem sabe tentar, descobrir quem era o "garoto misterioso". Não tenho certeza se foi algo positivo, mas encontrei, descobri quem era o garoto, era o ... melhor eu não dizer para não comprometer ninguém aqui. A era da ascensão do facebook estava só começando, mas me lembro de tê-lo adicionado. A espera não durou muito, mas todo minuto que passava era desesperador. O pedido de amizade foi aceito, e eu precisava de alguma maneira conversar com o garoto, aproveitei o evento que participei, mas acabei encontrando outras coisas em comum. Infelizmente, conversei com algumas pessoas que o conheciam e a maioria delas tinham algo negativo pra dizer. Fiquei um tanto assustado com isso, mas não mudei de ideia, continuei, embora tivesse percebido que não era recíproco a intenção da conversa. Ah mas eu era (e ainda sou) bem chato, diga-se de passagem, falava demais e não falava nada com nada. Eu não rotulei, mas esse foi o "primeiro encontro", e no dia do seu aniversário foi a ultima conversa que tivemos... naquele ano.
     Passou um tempo, quer dizer quase um ano, eu nem sequer lembrava dele, já o havia excluído do meu perfil (e só estou assumindo isso agora). Eis que um dia, eu que começara a fazer aulas de dança, acabei encontrando o rapaz na academia onde eu fazia minhas aulas, que incrível eu nem esperava nada disso. Mas tudo bem até então, era a primeira vez que eu o via pessoalmente depois de tanto tempo, quer dizer, eu só o havia visto uma vez e nunca tinha conversado com ele. Mas até que foi um reencontro simpático. Não fazíamos a mesma aula, mas estávamos no mesmo local, com o "mesmo objetivo". Esse tal 'destino' veio me cutucar pelo jeito. Não precisa ficar se perguntando, eu o desejava, claro, mas não dizia nada. Algumas semanas se passaram, e ele não ia mais nas aulas, para minha tristeza. Mas teve algo positivo nisso, retomamos contato e começamos a conversar novamente. O segundo encontro parecia um pouco mais emocionante que o primeiro, eu já não era mais um garotinho bobo ( se bem que eu acredito ainda ser), desta vez eu poderia dizer a ele que estava interessado, mas não foi bem assim que aconteceu. Eu vasculhando, ou "stalkeando", a vida dele, notei que ele estava aparentemente namorando. O desejo não havia acabado, mas eu não costumo levar adiante se sei que a pessoa é comprometida. De qualquer forma acabei o encontrando em uma festa, acabamos nos aproximando demais naquele dia, mas evitei que acontecesse algo por vários motivos: eu ainda acreditava que ele estava namorando, ele estava bêbado, meus amigos que estavam comigo o odeiam. Rolou um selinho, mas eu neguei que aquilo aconteceu, até pra mim mesmo. O segundo encontro acabou, e mesmo tendo conversado com ele algumas vezes não nos aproximamos mais, nem mesmo por conta disso.
     O "fim da história", a parte mais importante e mais reveladora. Porém menos duradoura. Foi um dia atípico, eu não costumo falar besteiras para pessoas, não sou o primeiro a dizer pelo menos. Mas acordei por algum motivo, desculpe a expressão mas eu estava com "fogo no rabo" e resolvi dizer algo para alguém. Não fazia muito tempo que eu havia tido esta experiência com "o rapaz" e eu não disse antes, mas eu já tinha minha resposta: ele não estava namorando, contudo estava mesmo bêbado e não se lembrava daquele dia. Mandei um nome de uma música bem sugestiva sexualmente falando, e felizmente o feedback correspondeu às minhas expectativas. Começou o jogo da sedução, não podia mais fugir, tive que dizer a verdade. E adivinhem, ele não ignorou, me afrontou e consequentemente foi recíproco. Foi um tanto quanto impulsivo da minha parte, mas ele me convidou a ir até sua casa e eu nem questionei, disse que sim. Tudo conspirava para que eu não fosse, eu precisava acordar cedo no dia seguinte, meus amigos apareceram em casa pra me visitar, e eu não sei dirigir. Era tarde da noite, ele mora relativamente perto de casa, não vi necessidade em ir de ônibus ou algum outro meio (mentira, eu só não gosto de gastar dinheiro com isso), fui caminhando. Deixei meus amigos em casa, esperando, eles sabiam onde eu estava indo e o que eu pretendia fazer, só não sabiam com quem, e acreditem, eu não estava com paciência pra contar tudo o que você já leu até agora.
     Não foi bem o que eu esperava, eu estava usando uma camisa na cor que ele odeia, não que isso influenciasse, mas veja bem a primeira frase que ele disse foi "Ah, você está de laranja!", eu não tinha entendido ainda, foi bem recente que descobri que ele tem aversão à cor laranja. Mas tudo bem, como eu disse, não influenciou. Mas preciso fazer uma pausa, esse é o momento em que você começa a imaginar a história em câmera lenta, pra ter mais efeito, sabe.
    Este é o terceiro encontro da história, mas era o meu primeiro encontro oficial com o rapaz, e há dois anos atrás eu nem esperava que isso fosse possível. Enquanto subíamos a escada do condomínio eu passava de sensação de calor para frio, do medo para a euforia em segundos. Quase desci correndo e desisti, mas ele já estava com a chave na fechadura da porta. Eu estava tão nervoso, era a primeira vez que estava na casa de um "desconhecido" com as intenções que eu tinha. Era o momento decisivo, a porta do quarto, a "sala secreta", a verdade ou acordar do sonho. Não acordei, e antes que eu entre em detalhes sórdidos sobre o que aconteceu ali, vou tentar descrever apenas os sentimentos. Bom, eu estava eufórico por dentro, atordoado e sem saber o que fazer, não posso dizer que tive o meu "melhor desempenho", se é que me entendem, mas veja bem, eu não sou de ter muitos encontros, aliás, era o meu primeiro em muito tempo. Mas tudo correu bem, adorei ter passado aquele tempinho com ele, foi a noite mais interessante do meu ano (e digo isso até hoje), fui surpreendido em todo sentido da palavra. A conversa foi ótima também, revelei alguns segredos, não descobri nenhum, pelo menos não algum que eu possa mencionar. Eu precisava ir embora, meus amigos me esperavam em casa, eu precisava acordar cedo, ou seja, o adeus foi inevitável.
     Este é o momento em que todos esperam uma reviravolta e a vida fica mais bela, coisas boas acontecem e vivemos felizes para sempre. Não vou dizer que este é um final infeliz, mas depois do primeiro encontro, não houve nenhum outro. Eu penso que as energias ainda não encontraram um ponto de conexão, não estamos na mesma sintonia, mas eu imagino que hora ou outra a gente vai se esbarrar em um bar, numa esquina qualquer ou na fila de algum banco, enfim, não estou dizendo que estamos destinados a ficar juntos, eu nem sequer espero isso, mas a vida gostou de brincar conosco e não acho que ela tenha cansado ainda.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Em 20 minutos.

      Acordei pensando se aquele momento aconteceria de novo, se tudo se repetiria e como eu reagirei da próxima vez, mas espera... Eu ainda nem falei o que foi que aconteceu, não é?! Então vamos lá, vou contar uma história verídica (ou não) sobre uma situação que me ocorreu. Na verdade, só vai compreender quem já andou em transporte público.
     Toda noite antes de ir pra aula, tenho meu ritual, conferir e-mail pessoal, e-mail da sala, facebook, twitter, e sair. Eis que neste dia em questão me distraí, por alguns minutos, e acabei "me atrasando" para pegar minha condução, mas até aí tudo bem eu sempre saio mais cedo do que o necessário, não chegaria atrasado para a aula de qualquer jeito. Fui até o ponto tranquilamente e aguardei até que chegou, até hoje não sei o motivo, mas o ônibus passou direto e eu fiquei lá sem entender, bom neste caso eu já me preocupei, chegaria em cima da hora na aula e eu não gosto disso, meu humor sumiu eu já estava irritado, criticando e xingando mentalmente todo ônibus que passava. Quando veio o próximo fiquei com a mão esticada, quase que balançando e representando aqueles bonecos de ar que ficam em postos de gasolina. 
      Entrei e o único lugar disponível para sentar-me (sim, sou preguiçoso e gosto de ir sentado nos bancos) era ao fundo, naqueles que você é  obrigado a andar abraçado consigo mesmo pra não ficar esfregando os braços nos outros e receber aquele olhar de "Não toque em mim, seu tarado.". Claro, como se eu tivesse uma cara ofensiva, mas tudo bem, eu não havia reparado que bem do meu lado, apenas dois bancos de diferença estava sentado "ele", tudo que sonhei pra minha vida, o pai dos meus filhos (haha, não é um personagem pessoal, era eu pensando mesmo). Fiquei encarando sem perceber, e de repente ele olhou pra mim ou em minha direção, prefiro a primeira opção, mas no susto fingi que eu olhava para fora observando pela janela as árvores (ah, por favor, estava de noite não tinha muito o que observar mas eu precisava disfarçar), foi um segundo que pra mim durou anos, deu tempo de planejar todo nosso futuro juntos.
     Começou aquele jogo do olhar panorâmico, enquanto eu percebia que ele olhava pra outra direção eu olhava, qualquer movimento brusco que ele fizesse eu já coçava os olhos, mexia no celular, procurava algo na mochila que eu sabia que não estava lá, e segui assim até que me toquei que eu precisava descer e deixar todos os meus sonhos e desejos para trás, e isso já me deixou mal humorado de novo. Parei de olhar, e de reparar, mas meus olhos batiam involuntariamente naquela direção.
     Fim do percurso, eu já ia me levantar quando, adivinhem, quem puxou o sinal? Exatamente, uma outra pessoa qualquer dentro do ônibus e me levantei e quando me dei conta ele estava parado em pé ao meu lado, o coração disparou, a pressão diminuiu, a mão esfriou, a porta se abriu e tudo isso acabou. Segui meu caminho até a aula e nunca mais o vi. Mentira, eu o vi sim, mas como eu disse, a história pode ser verdadeira, ou não.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A verdadeira história sobre o amor.

    Um amigo contou-me uma história da qual não sei a fonte, nem a veracidade do conteúdo, mas fiquei comovido de tal forma que não consigo me conter e preciso compartilhar, a história não é bem o que se espera ouvir mas se você começar a ler, por favor, não pare até chegar no final.

       Muito tempo atrás, diziam os antigos que enquanto as pessoas dormiam, os sentimentos aproveitavam pra sair e festejar, desprendendo-se dos corpos, sentiam se livres para fazer o que bem queriam. E em uma dessas fugas eis que a Loucura propôs uma brincadeira a todos os sentimentos que ali estavam, brincar de se esconder. Todos estavam tão animados que aceitaram no mesmo instante, então a Loucura começou a contar "Um, dois, três,... vinte e cinco,...".
     Todos corriam de um lado para o outro procurando algum esconderijo, a Pressa se escondeu embaixo da primeira pedra que encontrou e lá ficou. O Triunfo subiu até o topo da montanha mais alta esperando não ser visto. A Inveja nada contente se escondeu sobre as sombras do Triunfo. A Paixão com seu corpo quente como o Sol se escondeu dentro de um vulcão. Enquanto isso a Loucura contava "...trezentos e cinquenta mil, trezentos e noventa mil, quinhentos e vinte mil,..." e a Indecisão parada logo atrás não conseguia decidir onde se esconderia "Atrás daquela moita, não! Embaixo daquele tronco, não! Dentro daquele buraco, não..." e continuou assim enquanto a contagem continuava. A Verdade vendo todo aquele alvoroço disse "Eu não irei me esconder, ficarei aqui onde todos podem me ver.", a Mentira não sabia o que fazer então parou ao lado da verdade para se passar por outra verdade. O Amor encontrou um campo de rosas e se escondeu no vão de uma das pétalas. A Felicidade, quando conseguiu parar de rir subiu numa árvore e sua irmã a Alegria subiu em outra logo ao lado. Muitos outros sentimentos se esconderam em lugares inimagináveis eis que então ouviu-se um grito "UM MILHÃO, AQUI VOU EU!".
     A Loucura saiu correndo, procurando sem pensar em todos os lugares, porém enquanto corria tropeçou em uma pedra. A Pressa consequentemente foi a primeira a ser encontrada. A alegria que via tudo ali de cima da árvore começou a rir e a Felicidade não se contentou e começou a rir porque viu sua irmã rindo. As duas foram encontradas. A Inveja quando viu a Loucura se aproximar disparou a gritar "Aqui, o Triunfo está aqui!!!" apontando para o alto da montanha, infelizmente ela acabou se entregando. De repente o vulcão entrou em erupção, e enquanto a lava escorria algo diferente acontecia,a lava do vulcão começou a esfriar e endurecer, a Paixão quando não é transformada em amor ela acaba esfriando e isso fez com que ela fosse encontrada. A Verdade ali parada disse "Eu sou a verdade e não temo ser encontrada!" porém uma outra Verdade parada logo ao lado disse o mesmo, a loucura não hesitou e de um grito assustador e enquanto as verdades corriam notou que uma delas mancava, a Mentira fora descoberta pois todos sabiam que ela tinha a perna curta. A Indecisão ainda estava lá decidindo onde se esconder, ou seja não foi difícil encontrá-la.
     No meio daquela brincadeira, os sentimentos correndo, saindo de seus esconderijos, a Loucura desajeitada e sem pensar arrancou uma rosa do campo e começou a bater em todas as outras rosas, e sem perceber acabou acertando em um espinho e furou os olhos do Amor, que sangrava sem parar. A brincadeira acabou no mesmo instante, e a Loucura ouvindo conselhos da Culpa tomou uma decisão, a partir daquele momento ela guiaria e cuidaria do Amor.

    E é por isso que hoje o Amor é cego e a Loucura está sempre acompanhada!


Créditos ao meu amigo: André quem me contou esse conto!
(O texto contém algumas alterações minhas é claro.)